Qualidades e defeitos na redação do Enem

Quais são as qualidades que um texto na redação do Enem deve ter? Seguir os critérios expostos no manual de redação do Enem e dos vestibulares é essencial para não ter sua redação anulada e também para conseguir atingir 1000 pontos na redação do Enem. Abaixo elencaremos algumas das características comuns aos textos dissertativos nos vestibulares e, claro, no Enem.

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QUALIDADES E DEFEITOS DE UM TEXTO

Qualidades:
  • Concisão: Ser conciso significa não abusar das palavras para expressar uma ideia. Dentro do texto, e recomendável ir direto ao assunto e eliminar tudo o que for desnecessário e inútil (não 'ficar enrolando'), pois, assim suas chances de acertar serão maiores.
  • Clareza: Consiste na expressão de ideias de forma que estas possam ser compreendidas com maior rapidez pelo leitor. Ser claro significa ser coerente, evitando desobedecer às normas da lín-gua portuguesa, construir parágrafos longos ou usar vocabulário impreciso.
  • Elegância: Em um texto de vestibular, é preciso utilizar a norma culta para expri-mir suas ideias e pensamentos. Ou seja, obedeça aos princípios estabelecidos pela gramática. Lembre-se sempre de manter-se informado sobre as regras que regem o uso da língua e a estrutura dos textos.
”Nunca use gírias, frases prontas ou ditos populares - isso pode prejudicar a sua pontuação.”
Defeitos:
  • Ambiguidades Ocorre quando se empregam de forma incorreta palavras, expressões e pontuação. Consiste em um defeito da prosa no qual uma frase apresenta mais de um sentido, o que pode confundir o leitor.
  • Obscuridade: Ocorre principalmente quando falta clareza aos argumentos do texto. Pode ser visto geralmente em textos com períodos excessivamente longos, com falhas de pontuação ou linguagem rebuscada.
  • Pleonasmo ou redundância: consiste na repetição de um termo ou de uma ideia. Em alguns casos, no entanto, o pleonasmo tem a função de realçar uma ideia, torná-la mais expressiva; dessa forma, o pleonasmo deixa de ser um vício e passa a ser uma figura de linguagem, um recurso estilístico. Portanto, é necessário distinguir dois tipos de pleonasmo:
- pleonasmo vicioso: "subir para cima", "entrar para dentro", "decisão unânime de todos",
"monopólio exclusivo", etc.
- pleonasmo de reforço ou estilístico: Camões, em Os Lusíadas (Canto V, estrofe 18), faz uso de
um pleonasmo célebre ao iniciar a descrição de uma tromba-d'água marítima:
"Vi, claramente visto, o lume vivo que a marítima gente tem por santo."
  • Cacofonia ou cacófato: é o som desagradável resultante da combinação de duas ou mais sílabas de diferentes palavras. Apesar da fértil imaginação popular, pródiga em criar versinhos cacofônicos, vamos a alguns exemplos: "... a boca dela", "... meu coração por ti gela", "...uma mão", "...vou-me já...", "...por cada", etc. Todos nós, uma vez ou outra, cometemos um cacófato - até os grandes mestres. Outra vez citamos Camões, em um de seus sonetos mais famosos:
" Alma minha gentil que te partiste
tão cedo desta vida descontente!"
  • Eco: é a repetição desnecessária de um som, resultando num texto desagradável, com um ritmo batido e monótono. A melhor forma de corrigir esse defeito é ler o texto já acabado com muita atenção; na língua portuguesa é preciso tomar muito cuidado, por exemplo, com as terminações -ão, -ade e -mente. Uma frase do tipo: "Contra sua vontade, apenas por bondade, ele foi à cidade; na verdade..."

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